Situada no centro de Goiânia, a
Vila Cultural Cora Coralina foi inaugurada em 31 de outubro de 2013, o investimento total de R$ 12 milhões em recursos federais e estaduais é um “elefante branco” que passa despercebido pelos goianienses, o gasto absurdo de recursos gerou um espaço mal planejado e subutilizado. O espaço inaugurado às vésperas do aniversário da capital no ano de 2013, aparentava ser destinado ao resgate histórico da cidade de Goiânia.
Executado parcialmente, a estrutura do centro cultural não corresponde ao projeto original. Sua localização, bem no centro comercial da capital, poderia transformar a Vila Cultural, em uma verdadeira sala de visitas da capital. Mas, a falta de uma programação mais instigante e dinâmica embaça a imagem do local.
A Vila Cultural faz parte do projeto do governo estadual de revitalização do Centro de Goiânia e resgate da memória da capital. Foto: Lucas Carvalho |
Apesar do projeto original não ter sido concluído, o centro cultural é composto por quatro salas para exposições temporárias, e uma sala multimídia com 50 lugares. Uma praça de convivência com acesso pelo elevador panorâmico ainda será entregue, mas sem data prevista. O elevador panorâmico está com defeito há pelo menos seis meses, tornando a acessibilidade ineficaz, além da praça que ainda será construída, a promessa é que o centro cultural abrigue uma biblioteca e uma cafeteria.
O espaço recebeu apenas quatro exposições desde sua inauguração. A exposição Goiânia 80 anos ficou um ano em cartaz, ao custo de 70 mil reais mensais para a manutenção. O espaço é apresentado como um anexo do Teatro Goiânia, porém os centros culturais funcionam de maneira independente. A impressão que se tem é que o lugar ainda não foi inaugurado, as obras estão expostas, mas, para quem?
Pisando em Ovos
Alguns questionamentos sobre editais de ocupação, seleção dos expositores, custos com a manutenção e ainda sobre a falta de visibilidade do centro foram encaminhados para a Gerência de Comunicação da SEDUCE e não foram respondidos. Em tentativa de contato com a Simone Rosa, gerente de museus e galerias da Secretaria de Educação, Cultura e Esporte (SEDUCE), foi perceptível que o assunto Vila Cultural é tratado com muito cuidado, Simone informou que as respostas para os questionamentos feitos não são de sua competência.
Livro de visitas com assinatura de estudante com deficiência visual. Foto: Lucas Carvalho |
De acordo com Roberval Veiga, coordenador da Vila Cultural, o espaço é gerenciado desde fevereiro de 2014, pela Secretaria de Estado da Educação, Cultura e Esporte. Frequentado principalmente por alunos da rede pública de ensino, recebendo uma média 350 visitantes ao mês.