Foto: Daniela Melo
Reduzir os preços e fazer promoções diárias é a forma mais utilizada entre os empresários para não ficar no prejuízo
Texto: Daniela Melo
Edição: Vinícius Marques
Com a crise econômica que o Brasil vem enfrentando os empresários de pequenos negócios do ramo da moda vem vivendo um período de temor e incertezas. O varejo de moda deve reduzir neste ano o volume de produtos importados devido à desvalorização do real. Enquanto negocia preços com fornecedores externos e aumenta a demanda por produtos de confecções brasileiras.
O volume de vendas do comercio varejista teve queda de 0,4 em abril na comparação com março, segundo o instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o mesmo período do ano passado o volume de vendas do varejo teve queda ainda maior 3,5%. E 2019, o resultado acumulado é negativo 1,5% enquanto em 12 meses houve alta de 0,2%.
A empresária Elizaine Rodrigues Rabelo de 32 anos, gerente comercial de uma loja de roupas masculino, teve uma queda visível de 30% nas vendas em sua loja no segmento feminino no ano de 2019 em relação ao ano passado, mas ainda assim sabe se sobressair. “Na crise é necessário trabalhar com estratégia, e ver os clientes de forma diferente, fazendo promoções, bazar e dando brindes”, explica. “É notável o medo dos clientes de compraram, pois a crise se internaliza na a sociedade por um forte influência da mídia.’’ completa.
Segundo o economista Tadeu Costa, o cenário difícil que o Brasil vem enfrentando é um momento único e considerado um trampolim para o sucesso das empresas de pequeno porte. “Os empreendedores devem estar atentos para o momento certo de agir”. ressaltou o economista. “A inflação acaba atingindo todo mundo. O correto é os setores continuarem em funcionamento, aprendendo a lidar com a crise para não virem a falência”, completa.
Com as baixas vendas e o mercado em crise, o comprometimento com o cliente deve ser maior. Para driblar a situação econômica complicada e a queda no consumo, empresários têm procurado ampliar as fronteiras e atingir um público maior pela internet. Há quem veja essa situação econômica de uma forma diferente, a lojista Ana Carolina Pereira, de 30 anos, afirma que a crise econômica é psicológica. “As pessoas não deixaram de comprar e, sim, tem medo de se endividar”. Ana afirma que sua loja teve uma queda expressiva de clientes de 45% mas para ela o segredo é investir em ideias diferentes. “Eu faço uso das redes sociais para vender meus produtos e tenho visto um grande retorno”.