Os dados são estáveis em relação ao ano passado, com 28,3% de faltantes | Foto: Pexels/Reprodução
Giovanna Lyssa; Helizelson Monteiro; Kamila Sena
No último domingo, dia 05 de Novembro, foi realizado o primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2023. Segundo informações do Ministério da Educação foram registrados 28,1% de abstenções dos candidatos inscritos no exame, o que representa 71,9% de presença dos candidatos nas provas de linguagens, ciências humanas e redação.
Os dados são estáveis em relação ao ano passado, com 28,3% de faltantes. No entanto, a partir de 2016, o número total de candidatos vem caindo de forma significativa, ao ponto de nos últimos dois anos (2021 e 2022) terem sido registrados os menores números desde a reformulação.
Criado em 1998 pelo Ministério da Educação, o Enem é atualmente a principal porta de entrada para o ensino superior no país. Ele está diretamente ligado com programas do governo como Sisu, ProUni e Fies que tem o objetivo de democratizar o acesso ao ensino superior no Brasil.
O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) é executado a partir de um sistema eletrônico gerido pelo MEC que oferta vagas em instituições públicas de ensino superior. Já o Programa Universidade Para Todos (Prouni) oferta bolsas no ensino superior, desde bolsas integrais (100%) e parciais (50%). O Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) é um programa do Ministério da Educação (MEC). para estudantes de baixa renda financiarem os estudos.
Reformulado em 2009, o Enem torna-se a principal inserção de estudantes nas universidades públicas. Em 2014, o exame conseguiu reunir cerca de 8,7 milhões de inscritos, marcando assim o ano recorde de inscritos. A partir de 2016, o número de candidatos vem apresentando um declínio significativo, tanto que 2021 e 2022 têm apresentado o menor registro de candidatos desde 2009.
A comparação entre o ano recorde, 2014, com o exame de 2022, tem ilustrado uma redução de 61%, ou seja, são cerca de 5,3 milhões de inscritos a menos. A pandemia, em parte, explica grande parte dessa queda, como, por exemplo, condições para inscrição, como taxas em meio a uma crise econômica, o que, consequentemente, impacta no perfil de alunos que ingressam no ensino superior.
Durante o período pandêmico, a evasão escolar foi uma das maiores preocupações do ensino no país. Hoje, de acordo com o levantamento nacional, o número de jovens e crianças fora das redes de ensino correspondem a um crescimento de 171,1% da evasão escolar no Brasil.