Em homenagem à cultura afro-brasileira

Atividades culturais que abrem as noites da X Semana da Comunicação e I Seminário da Consciência Negra destacam a cultura afrobrasileira

Texto: Paulo Henrique Pane

Edição: Profa. Viviane Maia

Os sons da África e o legado da cultura afrobrasileira vem sendo destacados na programação cultural da a X Semana da Comunicação e I Seminário da Consciência Negra, realizada pelos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Faculdade. Nesta quarta-feira, a partir das 18h30, haverá apresentação do grupo grupo de Capoeira Angola, sob o comando do mestre Leninho Sá. Na sequência, mesa-redonda sobre os desafios enfrentados pelos negros no mercado de trabalho.   https://www.araguaiaonline.com/desafios-do-mercado-de-trabalho-sera-pauta-do-seminario-da-consciencia-negra/

Grupo Capoeira Angola

 

Mestre Leninho Sá

A primeira noite contou com a apresentação do Grupo Coró de Pau, que animou a plateia com a sua percussão. Os participantes não se fizeram de rogados e caíram no batuque. Alguns mais ousadas apresentaram até coreografias no palco. “Esta noite me senti realmente representada”, comentou a aluna de Jornalismo Tálita Moaby. Teve ainda apresentação musical dos alunos Oliver e Abner.

Na noite de terça, a animação ficou por conta dos pockets shows voz e violão dos estudantes Anne Ribeiro e Iury Johnny. Ambos homenagearam repertório de artistas negros, como Grupo Raça Negra e Macau, autor do sucesso gravado por Sandra de Sá Olhos Coloridos. O encerramento das atividades, na sexta-feira 24, contará com apresentação da banda de reggae Jahva e desfile As Cores da África.

   Grupo Coró de Pau

De acordo com a organização do evento, o objetivo é destacar a importância e a influência da cultura africana no Brasil e o legado deixado pela miscigenação. “Queremos destacar pelo menos um pouquinho da riqueza cultural fruto desta mistura de etnias. É uma riqueza enorme que muitas vezes não ganha o devido destaque por conta da supremacia da cultura branca. Precisamos dar voz aos negros e tirá-lo da invisibilidade”, explica a coordenadora dos cursos e também do evento, professora Viviane Maia.

Semana

Estas atividades integram a programação da X Semana da Comunicação e I Seminário da Consciência Negra, realizada pelos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Faculdade, que começou nesta segunda-feira (20/11) e prossegue até sexta (24/11). Além dos debates, mesas-redondas, conferências, oficinas e premiação de trabalhos práticos, o evento conta com uma agenda de atividades culturais que destacam a influência africana na cultura brasileira.

Atrações

Capoeira Angola

O grupo que se apresenta logo mais é comandado por Helênio David da Silva Sá, ou melhor, mestre Leninho Sá, que iniciou autonomamente, a prática de Capoeira na Cidade de Goiás/GO, aos 16 anos, quando aprendeu a confeccionar os próprios instrumentos musicais. Torna-se ao longo de 30 anos de prática, além de exímio capoeirista, excelente percussionista e artesão. Foi convidado por mestre Cobra Mansa – Cinésio Feliciano Peçanha, coo-fundador da Fundação Internacional de Capoeira Angola (FICA) – a integrar o coletivo de núcleos da FICA. Em 2015 recebe o título de Mestre de Capoeira Angola.

Criada em 1995, pelos mestres Jurandir, Cobra Mansa e Valmir, a Fundação Internacional de Capoeira Angola (FICA) realiza um trabalho de preservação, valorização e difusão da Capoeira Angola pelo mundo, unindo ações sociais e culturais para promover cidadania e desenvolvimento humano. Foi Mestre Cobra Mansa quem iniciou o primeiro núcleo da FICA em Washington DC. No Brasil, as suas sedes principais concentram-se nas capitais de Belo Horizonte (MG), Salvador (BA) e Rio de Janeiro (RJ). A FICA também está presente em dez cidades dos EUA, no México, Costa Rica, Suécia, Alemanha, Dinamarca, Japão, Rússia e Moçambique. Atualmente, há sete mestres na comunidade da Fundação Internacional de Capoeira Angola (FICA): Mestre Cobra Mansa, Mestre Jurandir Nascimento, Mestre Valmir Damasceno, Mestre Silvinho, Mestre Rogério, Mestra Gegê e Mestre Leninho Sá.

Coró de Pau

A associação Coró de Pau é uma entidade que engloba vários trabalhos. Tem uma banda Coró de Pau, os blocos Coró de Pau e Coró Mulher, além da Fábrica Banbaka Artesanais. A associação oferta oficinas permanentes e palestras a pessoas em situação de vulnerabilidade social. Os instrumentos são fabricados no próprio projeto. A música do Coró de Pau mistura diferentes influências de música brasileira a partir dos tambores africanos. Tem um repertório próprio entre eles ritmos como vamunha, afoxé, aguerê, maracatu e samba-afro.

Banda Jahva e desfile Cores da África

A banda é recente, que começou este ano com um repertório musical focado no jazz e reggae. A banda é formada por Madson, vocal; André, contra-baixo; e Gustavo, percussão. No pocket show que apresentarão na próxima sexta, vão tocar musicas autorais. Enquanto a banda se apresenta, será realizado o desfile As Cores da África, com a participação de 15 modelos que vão apresentar roupas que remetem à cultura africana.

Voz e violão de Anne Ribeiro e Iury Johnny

Anne Ribeiro é aluna de Jornalismo, toca violão e canta apenas por hobbie. Foi convidada a fazer uma breve apresentação onde destacaria a música feita por negros no Brasil. Investiu no clássico Olhos Coloridos, clássico de Macau imortalizado na voz de Sandra de Sá; e A Carne, de Seu Jorge, transformada em hino na voz Elza Soares. Já Iury Johnny, estudante de Publicidade, cantou clássicos do grupo Raça Negra.

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