Objetivo das duas instituições é promover inclusão, ensino e empoderamento
Maria Augusta do Planalto
O Centro Universitário Araguaia e a Aliança Nacional LGBTI+ firmaram, no dia 16 de julho de 2020, um convênio entre as duas instituições para a realização de um programa de inclusão educacional. Nomeado de projeto Brunna Valin, o programa garantiu 100 bolsas integrais de estudo para o segundo semestre letivo deste ano.
Os alunos foram selecionados por uma equipe de triagem da Aliança Nacional LGTI+ e já estão realizando os cursos de graduação de Educação a Distância (EaD) da UniAraguaia. Segundo o vice coordenador pedagógico da UniAraguaia, Hamilcar Costa, o objetivo da parceria é promover inclusão, ensino e empoderamento de lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, intersexuais, assexuais e aliados.
“No primeiro semestre deste ano, o curso de Direito da UniAraguaia realizou uma palestra on-line, onde ouvimos muito relatos de negligência com a população LGBTI+. O debate virtual deu voz a muitas pessoas e, nós, como instituição de ensino, temos o dever social de acolher toda a sociedade”, disse Hamilcar Costa.
De acordo com ele, após esse encontro virtual realizado gratuitamente, a coordenação e direção da instituição procurou a Aliança Nacional LGBTI+ para elaborar uma parceria entre as duas instituições. As bolsas integrais são de 20 cursos de graduação EaD da UniAragauia.
Conheça a Aliança Nacional LGBTI+
A Aliança Nacional LGBTI+ é uma organização da sociedade civil, pluripartidária e sem fins lucrativos. Teve seu registro formal no ano de 2003, passando a atuar como uma rede, em 30 de maio de 2009, inicialmente na forma de lista de discussão na internet. Em 2016, deu início à organização do seu trabalho de promoção e defesa dos direitos humanos e cidadania, em especial da comunidade LGBTI+, nos estados brasileiros por meio de parcerias com pessoas físicas e jurídicas.
Brunna Valin
O nome do projeto da UniAraguaia com a Aliança Nacional LGBTI+ é uma homenagem à ativista Brunna Valin. Ela faleceu no dia 1° de junho deste ano, aos 45 anos, em São Paulo, vítima de câncer. Brunna é muito reconhecida nas lutas da população LGBTI+, assim como no combate contra o HIV e a Aids.
Brunna Valin era diretora do Fórum das ONG/Ais de São Paulo, que reúne organizações na defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), na ampliação de ações de prevenção ao HIV e na garantia de direitos das pessoas que vivem com HIV e Aids. Ela era também integrante do Comitê Consultivo para Políticas de Prevenção para Mulheres Transexuais e Travestis do Programa Municipal de DST/Aids de São Paulo.