Redação: Dayane Moraes dos Santos
Edição: Ana Maria Morais
Para celebrar o centenário de Paulo Freire, educador e pensador brasileiro, responsável por levar a alfabetização aos lugares mais remotos do país, o curso de pedagogia promoveu uma oficina objetiva a fim de apresentar e discutir a vida e obra do pedagogo, com a proposta de refletir sobre os problemas sociais. “Nós fizemos vários eventos e ciclos de debates durante o ano até a chegada do centenário, domingo dia 19 de setembro”, disse Ruskaia Fernandes Mendonça, coordenadora do curso de pedagogia.
O debate teve como palestrante a professora Dra. Fabiane Lopes de Oliveira e como mediadores o professor José Firmino de Oliveira Neto e a professora Ruskaia Fernandes Mendonça. O evento aconteceu on-line via zoom meeting no dia 16 de Setembro às 19h.
Paulo Freire, o patrono da educação brasileira
Paulo Freire foi um dos maiores pesquisadores da história da pedagogia mundial. Nascido em 19 de setembro de 1921, em Recife, tornou-se educador, pedagogo e filósofo. O notável sucesso está no método educacional criado por ele, um projeto aplicável totalmente à realidade do Brasil, à proximidade da educação dos brasileiros. Naquela época, em meados de 1963, quase metade da população era analfabeta e o método de Paulo Freire apresentou resultados positivos na alfabetização de muitas dessas pessoas. A proposta dele era ensinar a ler e escrever com base nos conhecimentos que elas já tinham, com isso ele acabou, pouco a pouco, socializando e revolucionando a educação.
Quando os militares deram um golpe de estado e subiram ao poder, Paulo Freire foi preso e, em seguida exilado no Chile, de onde sua obra se tornou conhecida em todo o mundo. No centenário de seu nascimento, o educador recebeu várias homenagens ao redor do planeta e uma delas veio do principal site de pesquisa na internet, o Google, como pode ser visto na imagem acima.
Com mais de 30 livros lançados, uma de suas obras mais famosas é a Pedagogia do Oprimido que foi traduzida para 20 idiomas. Esse livro tem inspirado várias pesquisas acadêmicas de pedagogia, no Brasil e mundo a fora. O livro propõe o estudo de uma pedagogia como uma forma de relacionamento entre professor, estudante e a sociedade de uma forma mais horizontalizada, sem que o professor seja o detentor do poder. “Não há saber mais ou saber menos: há saberes diferentes”, decretou o mestre.
“A proposta desse ciclo de debate com a professora Fabiana, foi falar sobre a trajetória dele até se tornar o professor patrono da educação brasileira. O que ele fez, onde estudou, todo o processo que fez com que ele trilhasse esse caminho de sucesso, sua contribuição e sobre a atualidade do pensamento. No debate a professora Fabiana também falou sobre suas principais obras, como a Pedagogia do Oprimido”. Concluiu a professora Ruskaia.