Texto: Raquel Fernandes
Edição: Vinicius Martins
A Prefeitura de Anápolis em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Habitação e Planejamento Urbano, promove ação que transforma resíduos orgânicos em fertilizantes, utilizando-os em hortas, canteiros e jardins da cidade. Estes resíduos – aproximadamente 30 toneladas –, que antes eram descartados no Aterro Sanitário de Anápolis, agora são convertidos em terra preta que atua como um solo bom e fértil para plantações. Desta forma, a chamada Compostagem Municipal aumenta a vida útil do Aterro Sanitário e gera mais economia para a cidade.
Algumas praças em Anápolis já têm utilizado a compostagem como componente de substratos para o cultivo e a produção de mudas. Esta transformação do lixo em flor, como destaca o diretor Antônio Zayek, mostra que o processo melhora a saúde do solo e das plantas, pois permite que organismos e microrganismos nasçam e vivam em meio a subprodutos do lixo. A Praça Badia Daher, no Bairro Jundiaí, é um exemplo de como os resíduos orgânicos podem ser aproveitados como adubo para a plantação de flores.
A compostagem é classificada como um tipo de reciclagem do lixo orgânico, ou seja, o processo biológico de aperfeiçoamento da matéria orgânica seja ela de origem doméstica, industrial, urbana, agrícola ou florestal. Refere-se a um curso natural em que os micro-organismos, como fungos e bactérias, são encarregados pela deterioração de matéria orgânica, transformando-a em húmus, um material bastante fértil e rico em nutrientes. Os compostos produzidos devem apresentar alta qualidade para serem classificados como condicionadores de solo, tendo em vista que a coleta seletiva e a reciclagem de resíduos são uma solução fundamental, pois permite a diminuição do volume de lixo para disposição final em aterros e incineradores.
A compostagem é a meta do plano de resíduos, pois, se tratando do meio ambiente, é necessário compostar o material orgânico para se ter uma melhor destinação do lixo, convertendo-o em solo. Outro aspecto que valoriza a economia da cidade, é que as podas de árvores realizadas em Anápolis, por exemplo, eram levadas diretamente para o aterro sanitário. Agora, elas são moídas e compõem a matéria da compostagem, aumentando o seu volume e consequentemente a quantidade de solo produzido.
Em entrevista ao Araguaia Online, o diretor de Meio Ambiente, Antônio Zayek, afirma a importância da compostagem para a economia e para a saúde do solo das praças da cidade, além de exaltar Anápolis como a única referência neste processo no Centro-Oeste. Sobre a realização do processo de compostagem, Antônio Zayek explica que “o material coletado no mercado do produtor e nas feiras de Anápolis, que antigamente entrava no aterro sanitário, valia por tonelada R$ 41,50 pagos pela Prefeitura. Estes insumos contaminam muito o aterro, gerando gases e criando chorume devido à matéria orgânica. Então nós pegamos este material e compostamos em composteiras, que são leiras de aproximadamente dois metros de altura, e cobrimos com palha para manter a umidade. Desta forma, os microorganismos transformam os compostos orgânicos em solo. Este processo é realizado à beira do aterro, criando uma terra preta muito rica em nutrientes para as plantas.”
Já sobre a importância da compostagem para a cidade de Anápolis, o diretor destaca que “além da economia gerada, há também o ganho ambiental, pois se começa a produzir solo sem a necessidade de se comprar insumos. Com este material os jardins adquirem uma qualidade muito boa. Por este motivo, as flores da Praça do Planetário e da Praça Badia Daher estão tão bonitas. O processo é recente, tendo começado em junho, mas já produzimos aproximadamente 150 toneladas de composto. Sendo assim, a cidade se beneficia com uma ação correta, em que a vida útil do aterro sanitário não é diminuída, há uma economia ao não precisarmos comprar insumos, e passamos a ter jardins muito mais bonitos.”